Buquê de Flores-Parte 1

Era manhã. Beatriz acorda cedinho, oito horas da manhã.

-Bom dia, papai. Bom dia, mamãe. Posso ir lá fora brincar?

-Filha, você ainda não tomou café da manhã-diz a mãe, preocupada.

Beatriz come uns biscoitos, toma um copo de leite e vai embora.

-Que flores lindas!-exclama a menina.-acho que mamãe vai adorar.

Horas depois, Beatriz está caminhando, com lindas flores em sua mão. 

Ao chegar em casa, chega a má notícia. Seu pai tentar falar de um jeito diferente, mas não dá certo:

-Filha, o que você acharia se você morasse em um lugar com computador, televisão, shoppings, e cinema?

Beatriz faz uma cara com um pouco de nojo e diz:

-Para ser sincera, papai, não, eu não gostaria.

-Filha, lá tem várias coisas legais!

-Prefiro aqui, tenho as minhas lindas flores!

-Nossa casa não é um jardim.

-Bem que eu queria que fosse, papai, bem que eu queria.

-Filha, você não cansa de ficar aqui, no campo? Só tem umas 10 casinhas, flores, e só. Nem shopping, cinema, nem nada. 

-Ora, papai, você sabe que eu não gosto de tecnologias, coisas que acompanham manual de instruções e afins. Acho que o mundo devia ser livre, ou ser como eu, sabe?

A mãe, Dona Laura, sabe que essa conversa ia demorar muito, e logo se intrometeu:

-Querido, não demore nem fique enrolando nossa filha! Bia, sei que você gosta daqui, mas seu pai arranjou um emprego que dará mais dinheiro para nós. E teremos que se mudar.

-Claro, mamãe! Por que não disse antes? Adorei essa ideia, lá eu posso fazer amigos e encontrar mais flores! Para onde vamos nos mudar?

O pai vê que a filha pensou que ela ia se mudar para um campo, e responde, tristemente:

-Para a capital do estado.

Beatriz faz uma cara de quem quer chorar, porém, aguenta o choro. Ela não poderia chorar. Não agora, pois mesmo ela não querendo ir, ela era um doce de pessoa, e não queria magoar seus pais. Tentou dar um sorriso, mas não conseguiu. Olhou para seus pais e disse:

-Tudo bem. Acho que iremos amanhã, né? Vou arrumar minhas coisas.

E ela foi. Como tinha poucas roupas, pegou uma mala bem grande. Colocou suas poucas roupas, e, na mala grande ela ia guardar suas flores. Pelo menos ela ia levar um pedacinho do lugar que ela nasceu e gostaria de viver lá para sempre.

No dia seguinte...

-Filha, partiremos hoje, às dez da manhã. Pronta para ir?

                                   Continua....